Edição temática sobre a retomada da IA em Educação: história e novas questões

As palavras “inteligência artificial” ouseu acrônimo “IA” estão agora espalhadas no discurso das pessoas na vida social quotidiana (meios de comunicação, filmes, imaginação), significando coisas diferentes para pessoas diferentes. Às vezes IA é tão onipresente que quase não a percebemos, por exemplo, quando nossa câmera está otimizando a captura de uma foto. Às vezes ouvimos histórias assustadoras sobre a IA assumindo o controle da vida cotidiana, por exemplo, quando algumas decisões tomadas pelos sistemas computacionais (com IA) nos impedem de obter um empréstimo no banco, ou roubando a cena hollywoodiana literalmente. Em resumo, abundam mitos e equívocos, ao mesmo tempo em que não podemos ser ingênuos a respeito do seu potencial para o bem ou para o mal, tornando a sua utilização muito complexa.

Não existe uma resposta simples para o que é IA. Floridi e Cowls numa publicação recente dizem sabiamente que se trata de uma área de investigação ainda em busca de uma definição. No entanto, poderíamos dizer que IA envolve a concepção de sistemas informáticos/computacionais que apresentam algum raciocínio baseado em diferentes paradigmas (lógica, conhecimento, métodos probabilísticos, aprendizagem automática, inteligência incorporada, etc.). Exemplos de tais sistemasincluem Sistemas Especialistas, por exemplo, aqueles sistemas clássicos que informam sobre diagnósticos médicos, Sistemas Autônomos (quem não ouviu falar do projeto do carro autônomo) e Sistemas Ambientais (compostos por sensores e atuadores no ambiente). A IA nasceu da visão compartilhada destes senhores: John McCarthy, Marvin Minsky, Claude Shannon e Nathaniel Rochester, matemáticos e engenheiros, que em 1955 escreveram uma proposta para o Projeto de Pesquisa de Verão da Universidade de Dartmouth, para discutir o assunto. Eles conjecturaram à época que todos os aspectos da aprendizagem ou qualquer outra característica da inteligência poderiam, em princípio, ser descritos com tanta precisão que uma máquina poderia ser construída para simulá-los… (continue a leitura deste editorial dos Editores-Chefe, Maria Cecília Calani Baranauskas e José Armando Valente, no primeiro link abaixo).

Artigos deste número:

Edição temática sobre a retomada da IA em Educação: história e novas questões

Maria Cecília Calani Baranauskas, José Armando Valente

Leveraging smart education for sustainable development in the digital era: insights from China’s four key pillars

Junfeng Yang, Ruyi Lin, Yao Sun, Juan Chu, Natalia Amelina

Integração de técnicas de inteligência artificial para modelagem probabilística do estudante em ambientes virtuais de aprendizagem

Hiran N. M. Ferreira, Rafael Araújo, Fabiano Dorça, Renan Cattelan

Tecnologia Educacional na era da IA: explorando a aplicação de sistemas tutores inteligentes nas diferentes áreas do saber

Anderson Soares Furtado Oliveira, Seiji Isotani, Ig Ibert Bittencourt Santana Pinto

A inteligência artificial generativa como ferramenta educativa: perspectivas futuras e lições de um relato de experiência

Diego Scherer da Silva, Adriana Justin Cerveira Kampff

Da teoria à prática em sala de aula: experiências e insights de uma pesquisadora em Inteligência Artificial aplicada à educação

Patricia A. Jaques

O ensino de startups de software em cursos da área de computação

Cristiane Alves Estevo, Gislaine Camila Lapasini Leal, Renato Balancieri, Edson Alves de Oliveira Júnior

Explorando a relação entre recursos educacionais usados na educação superior a distância e a evasão: um estudo no contexto UAB

Gleice Louise Garcia Costa dos Santos, Letícia Lopes Leite

Formação e conhecimentos de docentes universitários para a integração de tecnologias digitais no ensino remoto

Daniela Erani Monteiro Will, Marina Bazzo de Espíndola, Roseli Zen Cerny, Alacoque Lorenzini Erdmann, Catiele Raquel Schmidt, José Luís Guedes dos Santos, Elisiane Lorenzini

 

Edição da Revista v. 10 n. 2 (2023)
Editores chefes Maria Cecília Calani Baranauskas José Armando Valente