TELEDUC
COORDENADO POR:
Heloísa Vieira da Rocha (de 1998 a 2010)
Fernanda Maria Pereira Freire e Flávia
Linhalis (de 2011 a 2017)
FINANCIADO POR:
Organização dos Estados Americanos
(OEA), FAPESP, CNPq, Pró-reitoria de
Graduação da UNICAMP

REFLEXÕES E IMPACTOS

O TelEduc é um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), no qual o professor pode disponibilizar previamente materiais e conteúdos a serem abordados em aula. Já os alunos podem esclarecer dúvidas e trocar ideias entre si, fora do espaço convencional de uma sala de aula. Além da aplicação direta no ensino a distância, a ferramenta possibilita outras ações igualmente importantes, como a rápida disseminação do saber.

OTelEduc nasceu em 1998, a partir da dissertação de mestrado de Alessandra de Dutra e Cerceau, orientada pela professora Heloísa Vieira da Rocha, do Instituto de Computação (IC). Naquela época, não se sabia o que era Educação a Distância e como levar essa nova dinâmica para dentro de um sistema na Internet.

O desenvolvimento do TelEduc foi feito conjuntamente pelo IC e pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied). Em 1999, os trabalhos ganharam maior impulso graças ao apoio financeiro da Organização dos Estados Americanos (OEA). Dois anos depois, o TelEduc foi lançado como software livre, com suporte a múltiplas línguas, o que permitiu a sua expansão no Brasil e no exterior, contribuindo para o NIED assumir um lugar de destaque entre instituições nacionais e internacionais.

Em apenas 5 anos, o TelEduc transformou-se em um dos principais ambientes de apoio ao ensino e aprendizagem em todo o mundo. Foi utilizado por cerca de 3 mil instituições públicas e privadas do Brasil (UFRGS, USF, PUCSP, FUNDAP, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Universidade de Uberaba, Marinha Brasileira, UNB, UNIFEI, entre outras) e de outros países (França, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Chile, Argentina).

Em março de 2003, a própria Unicamp instituiu o TelEduc como ferramenta de apoio às disciplinas presenciais da graduação, no sistema denominado Ensino Aberto. O fato de ter sido adotado por tantas instituições de renome é um aval da sua qualidade. Além de ter sido uma eficiente ferramenta de apoio ao ensino, durante 19 anos, o TelEduc colocou a Unicamp no cenário mundial na área do ensino a distância, proporcionando avanços acadêmicos na Universidade – foram geradas dissertações de mestrado, teses de doutorado e diversos artigos.

O TelEduc deixou legados importantes.Ao longo desses vários anos de vida do projeto tivemos a oportunidade de desenvolver o primeiro ambiente de ensino-aprendizagem para a Internet no Brasil e de formar dezenas de profissionais capacitados para atuar na área de desenvolvimento de tecnologia para a Educação. O TelEduc foi pioneiro ao proporcionar aos alunos e professores uma eficiente ferramenta de apoio ao ensino, usando a abordagem do “estar junto virtual”, o que passou a fazer parte da rotina da maioria dos docentes e estudantes no mundo. Atualmente, é difícil pensar a interação professor- aprendiz a distância sem o apoio de um ambiente educacional via Internet como o TelEduc ou tantos outros que surgiram a posteriori.

Foto de uma matéria de Jornal sobre o TelEduc, em Julho de 2003

MEMÓRIAS

“Neste período [2003 a 2005] o Teleduc foi a ferramenta de EaD da Unicamp, auxiliamos a equipe do CCUEC a implantar o sistema […]. Foi um período muito bom da minha vida onde fiz grandes amigos e aprendi muito. Foi no NIED que aprendi a desenvolver em PHP, a linguagem de programação que até hoje adoto nos sistemas web onde tenho liberdade de escolha”.

Bruno Gomes Ximenes
Analista de Desenvolvedor de Sistemas IB/ UNICAMP 4/6/2022

“NoTelEduc, trabalhei como estagiário desenvolvedor e de suporte da ferramenta a partir de 1998, a convite da Profa. Heloísa. Quando eu a procurei em 1998, eu tinha a intenção de que ela me orientasse para fazer um sistema para ajudar alunos de graduação no ensino de programação. Ela achou interessante a ideia, mas me propôs algo “um pouco maior”: era o TelEduc, ainda sem logotipo nem nome, como fruto da recém-defendida dissertação da Alessandra Cerceau […]. Participei como estagiário de 1998 a 2000. Primeiramente atuei no desenvolvimento e no suporte, mas ainda antes de 2000 passei a trabalhar também como uma espécie de gerente de projeto, aumentando minhas horas no projeto. Tive a oportunidade de aprender muito no núcleo, colocando em prática os conceitos aprendidos no curso de Ciência da Computação no Instituto de Computação, em especial das áreas de IHC, Bancos de Dados e Engenharia de Software. Quando entrei, o TelEduc era uma reunião de scripts que implementavam fórum de discussão e e-mail (sem SGBD, diretamente em arquivo), entre outras ferramentas […]. Aos poucos foram sendo feitas diversas melhorias: foram desenvolvidas versões novas das ferramentas, usando bancos de dados como suporte e evitando perdas de dados; foram propostas diversas ferramentas (mais ou menos na ordem: Correio, Fórum de Discussão, Grupos, Perfil, Portfólio, Material de Apoio, Agenda, Acessos). Na equipe, lançamos várias versões do TelEduc na web até chegar à versão 1.0, quando passei a me dedicar ao doutorado que se iniciava em 2001. Recebi o convite da Profa. Heloísa para fazer o doutorado direto no IC, e no doutorado trabalhei com Visualização de Informação aplicada a Educação a Distância, como forma de facilitar o entendimento de ambientes de EaD (e do TelEduc em especial) a compreenderem os diversos dados armazenados durante os cursos, como acessos e interações entre participantes de cursos. Hoje sou professor na FT/UNICAMP, nas áreas de IHC e Visualização, sendo estes os temas com que trabalhei diretamente nos projetos TelEduc e TIDIA-Ae sob a orientação da Profa. Heloísa”.

Celmar Guimarães da Silva
Professor da Faculdade de Tecnologia FT/ UNICAMP 5/13/2022

Equipe:

Durante os 19 anos de existência do TelEduc no NIED, cerca de 70 pessoas – entre pesquisadores, alunos de graduação, pós-graduação e estagiários – fizeram parte da equipe do TelEduc, em diferentes momentos.

  • Adalberto César Caiado Freury Medeiros
  • Alessandra de Dutra Cerceau
  • Alexandre Oberhuber
  • Allan Sapucaia
  • Alline Kobayashi
  • Anderson Yonei
  • André Constantino da Silva
  • Andrey Seiji Shimada
  • Aristeu Junior
  • Bruno Buccolo
  • Bruno Cesar Faria Silva
  • Bruno Gomes Ximenes
  • Bruno Osamu Nonogaki
  • Camila Kaori Nakane de Abreu
  • Carlos Robson Alves de Oliveira
  • Carmem Edith Feitosa de Freitas
  • Caroline Letizio
  • Celmar Guimarães da Silva
  • Daniel Henrique Alves Lima
  • Daniele Tiono Ivasse
  • Danilo Brandão Gonçalves
  • Davi Shinobu Watanabe
  • Dênis Batista Rosas
  • Diego Fernandes Gonçalves Martins
  • Diogo Ditzel Kropiwiec
  • Edson Roberto da Silva
  • Eduardo Hideki Tanaka
  • Erika Almeida
  • Felipe Villela Lourenço
  • Fernanda Maria Pereira Freire (Coordenadora)
  • Filipe Oshiro
  • Flávia Linhalis Arantes (Coordenadora)
  • Gabriel Divino
  • Gabriel Martins Dias
  • Heloísa Vieira da Rocha (Coordenadora)
  • Henrique Bernardino Bianco
  • Henrique Padial Ferri Holzhausen
  • Hugo de Oliveira Lopes Barbosa
  • Janne Yukiko Yoshikawa Oeiras
  • Joice Lee Otsubka
  • Jorge Cury Neto
  • Leonardo de Oliveira Silva
  • Leonel Aguilar Gayand
  • Lucas Lima
  • Lucas Lustosa Madureira
  • Lucas Vascon
  • Mag Regina Medeiro
  • Marcelo Morandini
  • Maria Angélica de Araujo Barnabé
  • Mariane Previde
  • Mário de Souza Neto
  • Matheus Ferreira Tavares Boy
  • Maurício Covolan Rosito
  • Naime Losimuta
  • Pablo Cobucci Leite
  • Priscilla Sanches Marques
  • Rafael Jaques
  • Rafael Teixeira Chagas
  • Raí Torres
  • Richard Keller
  • Sérgio Minoru Fukaya
  • Tammuz Roberto Marin Arantes
  • Thaisa Barbosa Ferreira
  • Thaise Yano
  • Victor Tozo
  • Vinicius Rigoni Hernandes
  • Vitor Sexto Bernardes
  • Willy Borges Silva